sábado, abril 12, 2014

OPINIÃO: UMA ARARIPINA QUE NÃO MUDA

Fazendo uma retrospectiva política e reportando há 20 anos, podemos afirmar categoricamente que emperramos nos mesmos problemas.

As quatro últimas gestões no Município de Araripina – Valdeir Batista, Emanuel Bringel, Lula Sampaio e a atual Alexandre Arraes, não se pode vislumbrar muito avanço, benefícios para o povo e uma esperança para um tempo vindouro, próspero e desenvolvimentista que alcance as vontades e satisfaça em qualidade de vida, todo cidadão desta amada terra.

Tenho alguns escritos guardados em meu baú de ambas as gestões, desde o “caceteiro” Bringel, a força coronelista e midiática de Valdeir Batista, o desastre administrativo do “Bota Furada” – Lula Sampaio e mostramos atualmente com essa arma poderosa chamada “jornalismo alternativo digital” que avançamos muito pouco se tentarmos abrir os olhos para muita coisa que deveria ser melhorada, a exemplo da qualidade da assistência na saúde, da nossa infraestrutura e educação.

Temos os mesmos problemas de 20 anos, somos governados pelas mesmas pessoas, salvo exceções. Somos oprimidos pelos mesmos opressores e ludibriados pela mesma imprensa chapa branca, batizada hoje de “coronel eletrônico”. Quando vamos crescer, avançar, progredir, social, cultural, econômica e politicamente? Quando vamos parar de dividir os recursos públicos com uma cambada de incompetentes e de parasitas, e racionalizá-los de forma a investir para o progresso e o desenvolvimento desta terra e para o bem de todos? Quando ainda temos que viver para vir e presenciar uma gestão responsável e compromissada administrativamente com os interesses e para resolução dos problemas desta terra bendita?

Plagiando JK, que dizia não ser possível que “cinquenta cidadãos na cidade estejam a inquietar e ameaçar uma população inteira”, que querem encher os bolsos e não se importam em sucatear esta terra.

Bringel adorava soltar fogos de artifícios para comemorar os pavimentos de ruas e qualquer outra obra inaugural (ficou conhecido com Mané Fogueteiro).  Os gastos com os preparativos e a farra com o dinheiro público ultrapassavam os valores investidos em melhorias públicas. As festas particulares regadas a muito uísque e muita badalação patrocinadas por parentes e os seus apaniguados eram frequentes e só não se tornou escandaloso porque como sempre, a população virou cúmplice de quem se achava imbatível e imexível. O desfecho final todos nós sabemos: muitos processos, condenação e dívidas com a justiça.

Uma faixa fora colocada em um ponto principal da cidade na Administração – Valdeir Batista em que continha os seguintes dizeres: “Araripina, cidade dos buracos, visite-a, antes que se acabe”. Quem comandava a saúde com mão de ferro era Vilma Holanda – conhecida como general. O slogan “Aqui se Trabalha”, não condizia com os estragos vistos nitidamente no município. A saúde sucateada também servia de cabides de empregos para parentes e correligionários. A imprensa era mantida sobre os ditames do poder municipal e a Câmara de Vereadores, como sempre, respaldava as mazelas que atrasavam o nosso desenvolvimento.

A esperança acabara de se profetizar depois de muitas tentativas (três se não me engano). Lula Sampaio – “O Bota Furada” que representava a mudança já decepcionara logo no discurso (em emissora de rádio) depois da vitória contra o seu opositor Emanuel Bringel. Agradeceu a Guerreiros de plantão vindo de outro exército na sua campanha vitoriosa (guerreiros que hoje fazem parte da atual administração e o chamava de ladrão – cuidado Arraes) e esqueceu de agradecer àqueles que o acompanhara em outras campanhas em que ele fora derrotado.

Colocou a frente das decisões da sua gestão o seu irmão Boba Sampaio e outra leva de gente incompetente e ambiciosa. Assumiu um governo em que o município parecia estar desprezado. Ruas sujas, esburacadas e todo um retrato de desprezo, além da falta de responsabilidade e zelo com as verbas que chegavam aos cofres do município. Ficou conhecida a gestão e refletida negativamente para o município nos jornais, quando o seu tesoureiro sacou um milhão de reais na boca do caixa e que terminou com o afastamento do prefeito e então vivemos um processo de intervenção estadual, que foi danoso para o município. Alguns até falam em golpe arquitetado e planejado, mas, prefiro acreditar em irresponsabilidade administrativa.

Uma obra aqui um tapa buraco acolá. E o tempo vai passando e o Município não cria a estrutura adequada e necessária para receber uma população flutuante que aumenta no ritmo do seu crescimento espontâneo, e para dar condições de qualidade de vida aos seus munícipes. Tudo isso aumenta com uma sequencia de irracionalidade administrativa que não zela pelos recursos destinados ao município, mas, que rateia com uma minoria privilegiada, que sempre ao longo desses anos são os mesmos que aparecem nas fotos oficiais. Alexandre Arraes também governa nessa linha política, apesar de propagandear um governo responsável, sério e voltado para a construção de uma nova Araripina.

Quem tem o perfil certo para um dia tentar impulsionar a nossa Araripina ao salto preciso que ela merece?

Os que já governaram com o discurso que tem obrigação e compromisso com esta terra e seus inquilinos fazem parte da foto dos que só pensam em vantagens próprias.

Os Bringel, Valdeir, Lula e os Arraes da nossa política, construíram uma horda de políticos interesseiros, sem prestígio sem esperança que não traz nenhuma boa nova, mesmo transvestido de novo.

Bringel o caceteiro, Valdeir o empresário de sucesso (que enricou vendendo balas), Lula “O bota furada” e o Novo – Alexandre Arraes, administrador, homem sereno e compromissado (com a família), não extraem de suas fileiras políticas, nenhum nome que possa fazer valer os discursos de que podem transformar essa terra na Princesa do Araripe.

Luciano Capitão, Dra. Socorro, Valmir Filho, Leonardo Farias, Maria Augusta, Dr. Aluízio Coelho e outros mais que possam surgir como referência política. Qual deles pode transmitir a confiança que estamos perdendo na classe política? Alguns nomes descritos, já dão a clara demonstração de que não são confiáveis.

Eles são a cara do fisiologismo e do nepotismo.

“A corrupção dos governantes quase sempre começa com a corrupção dos seus princípios”.

Boa Leitura!




  1. Das dezenas de vezes que votei nestes anos todos, muitas vezes ganhei e muitas vezes perdi. Pensando bem, mesmo quando ganhava o tempo se encarregava de dizer: “perdeu playboy” (ou otário). É assim que age um malandro quando nos aborda, com uma arma em punho, leva nossos pertences, quando não nossas vidas. Mas, existe um pior: o político mal-intencionado com um “mandato em punho”. Como uma doença oportunista se aproveita do estado de saúde de uma população já debilitada por outros gestores oportunistas e como um cancro suas células cancerígenas se espalham sem piedade, sem respeitar os limites do nosso corpo. Mas este cancro não se espalha rapidamente. Não mata de repente, apenas nos deixa agonizando. Muitos deles têm um antídoto, que eles acham muito poderoso, chamado “Festas”. Uma vaquejada aqui, um carnaval ali, um São João superfaturado acolá e assim, enquanto tiram a população temporariamente do estado de coma, atacam na calada da noite como lobos famintos os cofres da cidade. Da falência eminente, do leilão dos bens familiares surgem fortes, altivos, poderosos após um trança-pé num inocente. Esperteza de raposa, diria. Usando da esperteza desta, mais do que rapidamente recuperam aquelas galinhas que tinham perdido. Compra de terrenos, construção de condomínios. Patrimônio bem maior do que antes. Projetos fracos enquanto educação e saúde agonizam. População que chega num domingo à noite (recebida pelas muriçocas) para tentar uma consulta no dia seguinte e ouvir em menos de um minuto sem ser tocado(a) o diagnóstico: “é uma virose”. E quando recusam atender uma mulher grávida e em muitos casos levando a óbito um inocente, quando não a mãe. “Não ouvi senhora a me chamar” – disse o tal.

    Soltando fogos, enquanto desviava a merenda escolar e roubava o PETI (programa de erradicação do trabalho infantil). Produtos da cesta básica do governo federal para a população carente eram desviados e substituídos por outros de pior qualidade, enquanto aqueles bons eram distribuídos para amigos comerciantes. Presenciei feijão sendo jogado na pista. As frentes de trabalho, também com verbas federais, eram apenas para seus eleitores, mas estes jamais sentiram o peso de uma enxada sob um calor escaldante. Era assim outra gestão desastrosa. O que esperar de uma pessoa “educada” nos cabarés da cidade? Mas parece, infelizmente, que político não tem passado. Basta que o inelegível tenha ainda algumas centenas de fiéis eleitores para que um bando de urubus ávidos por voto podre se aproxime sem qualquer constrangimento de tal parlamentário.

    Araripina tinha tudo para ser uma cidade bem melhor, não perfeita. Depositou-se toda a confiança no Sr. Lula Sampaio. Uma pessoa que perseguiu um mandato por 16 anos, ainda sem vícios políticos, poderia ter deixado sua marca de bom gestor na passagem pela prefeitura da cidade. Porém, tratou ele de fazer a própria cama. Não se cercou de pessoas leais, aliás, estas ele deixou de lado, preferiu os seus detratores, aqueles que após tentarem esfaqueá-lo pelas costas agiram como cães arrependidos lambendo os pés do seu dono. Teimoso, averso a conselhos seguiu como se fosse intocável. Não era homem de gabinete, preferia estar pendurado em um trator em alguma serra. Nada de mais, mas um gestor precisa administrar, saber quantos “ovos entraram e quantos saíram”. Tomar conta do cofre como se fosse um “cão raivoso”, porém o Ali-Babá preferiu entregar a chave aos 40 ladrões. Era tudo o que o vice queria. Culpado pelo que Araripina é hoje, constrangeu e envergonhou seus eleitores que o seguiram por 16 anos. Entregou a prefeitura de mãos beijadas a um pré-falido que se reergueu rapidamente às custas de uma gestão que só assina projetos que nunca se realizarão mas que espertamente usa a mídia local para gerar fatos com projetos de pequeno impacto que parecem gigantescos.

    Saímos de uma ditadura de 20 anos para uma democracia e às duras penas livramos um pouco da dívida externa, mas a dívida interna parece impagável já estamos à mercê de políticos corruptos, descompromissados com a coisa pública.

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Blog do Paixão

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